Saiba como negociar licença para estudar fora do Brasil

Saiba como negociar licença para estudar fora do Brasil

Sair para fazer um curso no exterior e, ao voltar, ter seu emprego garantido esperando por você. Essa é uma possibilidade bastante interessante, sobretudo para aqueles que buscam um curso no exterior justamente com o objetivo de melhorar suas condições profissionais. Para muitos, o sonho da viagem ao exterior morre pelo choque de realidade: não se pode abrir mão da segurança que o emprego oferece por uma empreitada que não se sabe ao certo qual será o resultado e nem se os frutos a se colher valem a pena o risco.

No entanto, o que poucos sabem é que as empresas já começam a enxergar e prever esse tipo de situação. Já vêem até com bons olhos a possibilidade de um profissional que busca esse tipo de especialização. “Estimulamos o autodesenvolvimento e, quando a pessoa vai fazer o curso, analisamos qual tipo de apoio pode ser dado. De qualquer forma, ele pode negociar a licença não remunerada. Uma vez conversado com o gestor, é positivo buscar esse desenvolvimento”, explica Paula Giannetti, gerente-executiva de Recursos Humanos do banco Santander.

Política semelhante é praticada na Philips, conforme conta o chefe de relações industriais da empresa, Walter Sousa. “O curso tem que estar vinculado à área que ele trabalha. Daí, se há acordo com a gerência e o curso vai atender às necessidades da empresa, a liberação é feita. Mas solicitações desse tipo são raras”, afirma Sousa.

Outra possibilidade, apontada pelo consultor de carreiras Moacyr Castellani, é a de tentar transferência para uma filial da empresa no país de destino. “Empresas multinacionais oferecem essa oportunidade de trabalhar em outro país”, diz ele. Essa alternativa existe na Philips, por exemplo. Mas o interessado no intercâmbio precisa verificar se há vagas disponíveis para então se candidatar. Caso seja selecionado, passa a ser empregado pela unidade do país de destino. Ou seja, não se trata de licença temporária, mas de transferência efetiva.

Alternativas para o afastamento

Face às possibilidades, o profissional, por excesso de zelo, pode ficar em dúvida sobre a modalidade pela qual deseja tentar o intercâmbio. É o que conta Inês Cozzo Olivares, da T’ai Consultoria em Talentos Humanos, que recomenda optar sempre, em primeira instância, pela licença remunerada. “E, se vier a negativa, aí ele pede o não-remunerado. O crescimento das pessoas que saem do País é tão grande que, quando voltam, o universo que deixaram aqui é pequeno demais para eles”, acredita Inês. Sousa endossa essa afirmação com base no que observa ocorrer na Philips. “O que acaba por acontecer é que essas pessoas vão, voltam e não ficam muito tempo aqui. Acabam encontrando um mercado muito amplo”, garante ele.

Mas o profissional precisa estar seguro e preparado antes mesmo do intercâmbio, com consciência dos riscos envolvidos na negociação e, até mesmo, caso desista de pedir a licença à empresa. Castellani acredita que hoje em dia, o bom profissional assume riscos e é ousado. “Se ele propõe algo desse tipo, é porque faz parte do sonho dele como profissional. Além disso, o risco de perder o emprego ou de alguém assumir a vaga dele existe mesmo se não sair daqui”, resume ele.

Segundo o professor Adão Ladeira, do Ibmec de Minas Gerais, com preparação, o poder da negociação passa para as mãos do funcionário. “Quem almeja uma oportunidade dessas, está tão bem preparado que sabe qual será a resposta da empresa. Ele se sente em condições de correr o risco e disposto até mesmo a dizer não para a companhia”, declara Ladeira.

De acordo com o professor do Ibmec mineiro, o profissional deve considerar até mesmo a necessidade de ir por conta própria e sem emprego garantido para a volta. “É bastante comum esse tipo de situação entre profissionais que estão preparados. Se ele tem consciência da sua competência, não fica sem emprego”, garante Ladeira. A opção pelo desligamento da empresa é comum nesses casos, conta Sousa. “É raro alguém se licenciar para estudar fora. Geralmente solicita o desligamento por acreditar que vai conseguir outra colocação. Pelo próprio desenvolvimento da carreira, ele não quer vínculo com ninguém”, acrescenta ele. Além disso, Sousa acrescenta que há a possibilidade de se contar com as verbas rescisórias.

Há casos, no entanto, em que o profissional se compromete a permanecer na empresa depois do período de estudos. Tanto no Santander quanto na Philips, existe o programa de MBA internacional, em que os funcionários têm a chance de participar de processo seletivo para estudar no exterior por conta da empresa. “Para não perder muitos profissionais, a Philips, até mesmo por pagar o curso, exige que o funcionário permaneça por pelo menos mais três anos na empresa após a conclusão”, explica Sousa.

O programa do Santander é semelhante. “Depois do curso, ficarei vinculado ao banco por mais três anos. Mas não existe nenhum compromisso de voltar com cargo atual ou para área determinada. Isso vai ser discutido depois”, conta Antonio Faraco Júnior, gerente de relacionamento do Private Banking do banco Santander e que foi aprovado no último processo para o programa de MBA internacional da instituição. Em contrapartida à permanência, o banco tem oferecido suporte à preparação para a prova de admissão na faculdade, auxílio para optar por uma instituição de Ensino que se adapte ao perfil de Faraco, que deve deixar o país em agosto de 2010. “Às quartas-feiras, fico o dia todo em aula e não trabalho”, exemplifica ele.

Faraco conta que, apesar do processo ser institucionalizado e aberto a todos os funcionários do banco, procurou ser transparente com sua gestora desde o início do processo. “Trabalho com ela há mais de três anos. Temos um bom relacionamento e ela já sabia do meu desejo de fazer o MBA no exterior. “Quando apareceu o programa, conversamos e ela me deu apoio desde o começo”, conta Faraco, que está com 31 anos.

Avaliação do terreno

Ladeira explica que antes de pensar em tentar uma oferta de intercâmbio junto à empresa, o primeiro ponto a ser considerado pelo profissional é o momento que a companhia vive. “Se estiver num momento não muito favorável, ter um profissional fora por um ano vai gerar problemas de gestão”, explica Ladeira. Em seguida, o professor do Ibmec aconselha uma avaliação de sua situação profissional. Ou seja, qual é seu papel dentro da empresa e quais são as perspectivas a serem exploradas a partir do curso no exterior. Ladeira acrescenta que embora esse tipo de oportunidade seja geralmente dada a profissionais em cargos estratégicos e de confiança, a idade não é fator de exclusão. “Tem muita gente jovem, competente e preparada que consegue uma chance. Até porque, o perfil demográfico da força de trabalho está mudando”, diz ele.

Ladeira afirma também que o grande trunfo nesses casos é o vínculo entre as funções e responsabilidades do funcionário com o curso que pretende fazer. “Ele tem que demonstrar o que vai trazer de valor agregado para a empresa com o curso que vai fazer. Tem de mostrar quais competências terá desenvolvido para beneficiar a empresa”, explica ele. Já para Miriam Rodrigues, professora responsável pelo curso de pós-graduação de gestão estratégica de pessoas do Mackenzie, é necessário haver bom senso com relação ao tempo que o profissional está na empresa e no cargo em questão. “O jovem da geração atual tem pressa de que as coisas aconteçam. Ele precisa avaliar se a solicitação não é prematura”, alerta ela.

Na visão de Miriam, o pressuposto inicial, ao se apresentar uma proposta desse tipo, é deixar bastante claro quais serão as vantagens para a empresa. “Se o profissional parte do princípio de que só ele vai ganhar, então não começa bem. Nesse sentido, é importante observar se irá para um país onde a empresa possui subsidiária ou concorrente relevante ou se há elementos que possam chamar atenção da empresa”, sugere Miriam. Ela recomenda que a conversa seja estruturada, elaborada, pensada e exposta racionalmente, sem improvisos.

Nesse contexto, o candidato deve fazer um levantamento de maneira objetiva do que o intercâmbio vai trazer de ganhos para a empresa, o que deve, desejavelmente, estar alinhado ao plano de carreira dele e às possibilidades dentro da organização. “Se ele estiver bem avaliado dentro da empresa, as chances de sucesso aumentam”, acredita Miriam. No Santander, a avaliação está atrelada à política de desenvolvimento do trabalho. “É avaliado o que o curso pode agregar para o desenvolvimento da pessoa, o momento atual da função, o desempenho passado do funcionário e o benefício que o curso vai trazer para o trabalho dele”, explica gerente-executiva de Recursos Humanos do banco Santander

Por: Universia

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Eduardo Nobre

GOSTARIA DE UM MODELO DE CARTA DE LICENÇA DE TRABALHO PARA ESTUDO…

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    tatidias

    Olá Eduardo, aconselho você a entrar em contato com o RH de sua empresa para verificar como poderia elaborar esta carta, normalmente os mesmos já possui um modelo padrão para cada empresa.

    Segue um modelo básico para você seria interessante duas vias desta carta em papel timbrado:

    Eu,____________________, RG ____________, CPF______________, funcionário da empresa_________________, exercendo a função de_____________________, venho através desta solicitar licença de trabalho (sem remuneração ou remunerada, aqui fica a critério do acordo que realizar com a empresa) de minhas funções pelo prazo de______ dias devido à viagem que farei para_____________, com a finalidade de fazer o curso de ____________________ ( e coloque o nome da escola, endereço e tudo o mais) no período de ___ a ______ dia, quando regressarei e retomarei minhas atividades.

    Atenciosamente,
    ______________________

    Abraços

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Fabrício

Como é exatamente esta licença NÃO REMUNERADA? O que desejo solicitar para a empresa é o seguinte, quero manter o registro em carteira, quero continuar com o plano de saúde da minha família, quero que a empresa continue depositando a previdência privada. E por outro lado abro mão do salário mensal. Pretendo pedir 12 meses de licença para estudar ingles.
Esta minha situação encaixa em LICENÇA NÃO REMUNERADA ??

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suelen

estou a fazer um curso de seguranaça e higiene do trabalho nivel 3 em portugal a durançao sao 2 anos e tenho direito ao cap valido na europa mas gostaria de saber se tambem posso trabalhar no brasil …. pois a legislaçao daqui eh diferente .. sera que posso traduzir meu cap no ministeerio da educaçao ai ou no consulado de portugal ???? o que faço?

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Mic

Olá,
gostaria de saber quais sao as obrigacoes da empresa e do empregado no caso de uma licenca nao remunerada.
A empresa tem que continuar pagando os impostos?
Obrigado. Atenciosamente, Mic

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zezildo justino da silva junior

quero consegim um enprego melho para comsegir algo melho para minha vida e ajudar meus pais que passa nessesidades

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