Qual o tempo ideal para estudar um idioma no exterior?
Para adquirir fluência em uma língua estrangeira, a alternativa mais eficaz ainda é permanecer algumas semanas ou meses no exterior – fazendo um curso de idiomas e se integrando à rotina de uma casa de família ou residência estudantil. A possibilidade de estudar fora, entretanto, desperta uma dúvida: qual o tempo mínimo necessário para que a pessoa realmente assimile o aprendizado e obtenha plenos conhecimentos em outro idioma?
Antes de tudo, deve-se frisar a importância de estudar uma segunda língua ainda no país de origem. As escolas de idiomas proporcionam ao jovem um qualificado embasamento teórico e o aprendizado das regras gramaticais, o que acaba facilitando a adaptação e a assimilação do aprendizado em solo estrangeiro.
O diferencial, ao se realizar um curso no Exterior, é que nos vemos obrigados a falar e escutar o idioma ininterruptamente e sem a chance de utilizar nossa língua natal. É como se os estudantes tivessem de assimilar um idioma nativo. A partir dessa experiência prática, o participante com conhecimento básico do idioma – mesmo aquele que usa construções gramaticais simples para se comunicar – registra um grande salto na compreensão de uma língua estrangeira.
Para quem é iniciante, o período mais recomendado para estadia em outro país é de seis a nove meses. Além de garantir um aprendizado constante, programas com essa duração apresentam valores relativamente menores se comparados a pacotes de um mês, por exemplo. Esta também pode ser uma oportunidade para diluir as despesas com passagem aérea.
A falta de tempo, entretanto, tem tornado cada vez mais comum a realização de cursos de duas a quatro semanas, com cargas horárias intensivas. Esses programas já permitem um considerável progresso na fluência verbal dos estudantes, mesmo aqueles com nível elementar do idioma.
Outro importante público que corre contra o relógio vem contribuindo para elevar o fluxo de viagens de intercâmbio. É cada vez maior a procura de executivos por cursos de curta duração, aproveitando suas férias ou mesmo o período sabático para arrumar as malas e estudar no Exterior. Várias empresas têm incentivado seus profissionais a investir nesta formação.
Para os adolescentes, uma opção já consagrada é o colegial com duração de seis meses ou um ano – o High School. Trata-se de uma idade extremamente propícia para a obtenção de conhecimentos e o mais importante: distantes dos pais, os jovens demonstram uma incrível capacidade de adaptação à nova cultura e um impressionante amadurecimento pessoal.
O auxílio de um agente de viagens especializado em intercâmbio é de enorme valia na escolha de seu programa: por meio da análise de necessidades e possibilidades individuais, ele poderá ajudar cada um a escolher não só a escola, país e cidade, mas também o tipo de curso e duração mais adequados.
Como se vê, sobram alternativas para nos tornarmos craques em outro idioma. E estudar no exterior, seja por quatro semanas ou nove meses, traz também vantagens como maior capacidade de adaptação e compreensão de outras culturas, vivência internacional (que permite maior vantagem competitiva no mercado), enriquecimento do currículo e o prazer de conhecer novas pessoas e lugares.
Por: José Carlos Hauer Santos Jr.
É diretor-presidente do STB – Student Travel Bureau e membro do conselho executivo da International Student Travel Confederation (ISTC).
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