Reino Unido deve reduzir visto de turista pela metade

Reino Unido deve reduzir visto de turista pela metade

O governo britânico deve anunciar nesta semana uma redução de seis para três meses no período em que turistas de fora da União Europeia podem ficar no país. Atualmente, ao entrar na Grã-Bretanha, turistas recebem um visto com validade para seis meses.  Além disso, o governo deve anunciar que famílias que vivem no país e querem receber a visita de parentes de fora da União Europeia deverão pagar um depósito de cerca de mil libras esterlinas. Se o visitante não voltar ao país de origem quando o visto terminar, o depósito será mantido pelo governo.

As novas medidas estariam contidas em um documento a ser revelado pelo chefe do Departamento de Imigração, Liam Byrne, com o objetivo de combater a imigração ilegal.

O repórter de política da BBC Gary O’Donoghue afirma que a ideia de exigir um depósito não é nova, mas, segundo ele, os ministros estariam convencidos de que essa pode ser a solução.

O Departamento de Imigração já havia anunciado outras medidas descritas como a “maior mudança da história no sistema.” Entre as propostas está a de tornar mais rigoroso o processo através do qual pessoas com visto para viver na Grã-Bretanha podem trazer seus esposos.

As novas medidas deverão ser anunciadas em meio a uma polêmica em torno do pagamento, pelo governo, para pessoas que não conseguiram asilo no país como forma de incentivá-las a voltar para casa.

Neste domingo, o jornal The Sunday Telegraph diz que o governo gastou o equivalente a cerca de R$ 130 milhões para que imigrantes voltassem para seus países de origem e pudessem montar seus próprios negócios.

Desde 1999, mais de 23 mil imigrantes receberam cerca de R$ 14 mil cada através do programa de retorno voluntário.

O representante do partido conservador, de oposição, disse que o governo está apelando para pagar para que imigrantes ilegais deixem o país com dinheiro público.

Mas o Ministério do Interior diz que o programa – parcialmente financiado pela União Europeia – é mais barato do que a deportação, que custa cerca de R$ 40 mil por pessoa.

BBC Brasil

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