Suíça: Quatro destinos em um

Suíça: Quatro destinos em um

Com 7,5 milhões de habitantes e região Alpina da Europa, a Suíça é considerada um país pequeno: de carro ou trem, é possível percorrê-la de leste a oeste, em aproximadamente quatro horas e meia. Mas, nem por isso, deixa de ser bela e fascinante. O país é dividido em 26 cantões (parecidos com estados), cada um com um poder legislativo próprio. Há quatro idiomas oficiais: alemão (falado em mais de 50% do país), francês, italiano e romanche (similar ao latim, falado por 1% dos suíços). Mas não é somente a língua que difere os cantões. O modo de vida, as paisagens e a arquitetura fazem com que cada pedaço da Suíça seja único e apaixonante.

Suíça Alemã

Berna e Zurique são as duas principais cidades. Berna é a capital e está inscrita no Patrimônio Cultural Mundial da UNESCO. Em meio a cidade, o rio Aare, com água azul esverdeado dá um charme único a cidade. O maior movimento está no centro histórico: são várias ruelas com belas construções ricamente preservadas, fontes d’água seculares (mais de 20 fontes espalhadas pela “Old Town”), o famoso relógio (Zytglogge – 1530), a Catedral (século XV), o Barengraben (poços dos ursos), o Bundeshaus (a sede do Parlamento Suíço), o Museu Histórico, a casa de Albert Einstein (foi aqui que ele desenvolveu a Teoria da relatividade), Rosengarten (Parque das Rosas) e o Gurten (o ponto mais alto da cidade.

Zurique (a maior cidade da Suíça) conserva todas as características de uma pequena e agradável cidade, mas ao percorrer suas ruas, descobre-se que existe uma cidade moderna, decorada por um cenário privilegiado – as água do Zurichsee e os Alpes. Com uma população de apenas 350.000 habitantes, Zurique atrai turistas de todo o mundo graças aos seus excelentes hotéis, restaurantes e pela agitada vida noturna. Ao percorrer a cidade, destacam-se a Bahnhof-Platz (praça central dos tradicionais bondes azuis de Zurique); a catedral Grossmünster, a Rua Nieddorfstrasse (rua dos bares e restaurantes), a Bahnhof Strasse (Centro de compras), o prédio da Operhaus, o Rietberg Museum, a Augustinergasse (ruela com aspecto medieval), o Seefeld Quai (parque que margeia o lago e a ponte do Quai-Brucke

Suíça Francesa

Nesta parte da Suíça destacam-se as cidades de Genebra e Lausanne. Genebra é a segunda mais populosa cidade da Suíça (após Zurique). Devido a neutralidade suíça, Genebra foi escolhida para sediar um grande número de organizações de cooperação internacional – Nações Unidas, Organização Mundial da Saúde, Comitê Internacional da Cruz Vermelha, e a Organização Européia para a Investigação Nuclear (CERN) são alguns exemplos. O Lago de Genebra (Lac Léman) fica no centro da cidade, separando a “velha” e “nova” cidade. Neste lago há o famoso o jato d’água – Jet d’Eau, que alcança até 140 metros de altura e, a sua frente, o famoso relógio de flores (Floral Clock – Jardins Anglais). Há outros pontos irresistíveis para explorar: a catedral St-Pierre, o Grande Teatro de Genebra, o Muro da Reforma (Mur de la Reformation), e o Museu do relógio.

Lausanne mistura a visão dos Alpes com uma vegetação mediterrânea. É neste lugar que está o Parque Olímpico e o Museu Olímpico. A cidade é sede do COI – Comitê Olímpico Internacional. No centro histório pode-se visitar a Catedral (Cathédrale), o Château- St Maire e o mosteiro Eglise St-François. Há parques muito bonitos pela cidade e nas ruas do centro não passam carros, apenas pedestres. A Ouchy – Região do Lago Genebra, é costeada por montanhas nevadas. Essa parte da cidade é maravilhosa. Na primavera fica ainda mais linda, cercada de flores.

Suíça Italiana

Ao sul da Suíça, fica a parte italiana. O clima e a vegetação são típicos dos países mais tropicais. Bons exemplos de cidade para conhecer são Lugano e Locarno. Em Lugano há vários parques, villas e a arquitetura têm referências no renascentismo.

Próximo dali está Locarno, famoso por seu balneário calmo e tranquilo. No verão, o ponto de encontro é a piazza Grande, lugar para tomar café e reunir os amigos. A pouco mais de 10 km de Locarno, está Ascona – local de refúgio de turistas (há até resorts cinco estrelas nesta cidade). Em Bellinzona (40 minutos de Locarno) estão localizadas três fortificações consideradas os castelos da era medieval mais bem preservados do país.

Alpes Suíços

Assim que o inverno chega, os suíços lotam as estações de esqui. Há várias para a prática do esporte: Grindelwald, Gstaad (lugar preferido dos ricos e famosos, há hotéis cinco estrelas, butiques da moda e restaurantes de grandes chefs), Jungfrau – Top of Europe (O ponto mais alto da Europa está situado a 4.099 metros acima do nível do mar), Schilthorn Piz Gloria (serviu de locação para um dos filmes da série 007). Interlaken é a cidade “ponto de encontro” para todos esses passeios.

Outro ponto de encontro durante o inverno é a cidade de St. Moritz (1.856 metros acima do mar). De St. Moritz, uma viagem pelo Glacier Express é uma boa opção. São sete horas e meia a bordo do trem expresso panorâmico que atravessa os Alpes. A visão das montanhas cobertas de gelo é inesquecível. O ponto final do Glacier Express é Zermatt, onde está um dos principais cartões-postais da Suíça: a Matterhorn – 1.478 metros acima do nível do mar (montanha que inspirou o formato do chocolate Toblerone).

As fotos foram gentilmente cedidas pela autora Clarissa Comim de seu arquivo pessoal.

5 comentários

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Omar Cassol

Muito boa a matéria. Eu realmente não sabia que a Suíça era tão rica culturalmente. Com certeza vou incluí-lano meu próximo roteiro pela Europa.

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Leandra Comim Comim

Moro em Paris a alguem tempo e somente agora lendo seu texto ela me chamou a atenção. Parabéns. Tenho o mesmo sobrenome que vc!

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Giovana

Eu morei na suiça por 1 ano. é um país realmente incrivel (:

mas Berna se não me engano fica na parte francesa. que em francês fica Berne. obrigada

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Clarissa Comim

Oi Giovana. Obrigada pelo comentário. Eu estou morando em Berna a quase 8 meses. Berna fica na parte alemã. Se fala Suíço-Alemão aqui. É como um dialeto local. Berna é nome em Português e Italino. Mas por aqui, o nome é Bern. Abraços.

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