Hola Santiago!
Depois da aventura na fronteira do Chile, finalmente seguimos em direção ao destino final que era Santiago.
A viagem foi longa e durante o dia, então chegamos à capital Chilena um pouco antes do sol sumir. Não era a primeira vez que incluíamos Santiago no roteiro, então a minha mãe insistiu que ficássemos no mesmo hotel da primeira vez. Foi um risco, faziam mais de 10 anos da nossa primeira passagem por ali, muita coisa mudou e o hotel poderia não ter a mesma qualidade. Mas beleza, desembarcamos na rodoviária, que é um caos, tipo terminal do Tietê na hora do rush, e seguimos em busca de informações. Primeiro um mapa do metrô, depois localizar a estação que indicava no folheto do hotel, dai encontrar um acesso.
Não achamos a central de informações ao turista na rodoviária, se é que tem uma, então decidi gastar meu espanhol com os guardas que estavam de pé ali por perto. Nenhum dos dois sujeitos prestou muita atenção no meu pedido e me indicaram uma direção, seguimos a sugestão dos dois, andamos uns 200 metros até que avistamos uma placa de indicações do metrô bem no meio da rua. Isso!
Como não tinha achado a central de informações para o turista, também não tinha um mapa do metrô. A placa que indicava a entrada estava bem no meio do nada, isso no meio da rua, sem indicação de onde era a entrada mais próxima, que ao contrário do que imaginei era do lado oposto da rua onde estava a placa. Mas deu para localizar a estação do hotel, e a direção a seguir. Caminhamos de volta e passamos pela frente dos guardas, e descobrimos que a entrada era para o lado oposto do que eles mostram, e apenas alguns passos de onde eles estavam! Há! Uma placa de publicidade obstruía um pouco a visão, por isso não conseguimos ver da primeira vez.
Beleza, chegamos no hotel, o Conde Ansúrez, e não é que o bicho tá conservado!
O lugar é bem legal, mesmo sendo um pouco mais afastado do centro, a equipe é super gentil e tira todas as dúvidas do turista. Eles também vendem alguns pacotes para passeios.
Santiago é cercada pelas cordilheiras, uma das cidades mais modernas da América Latina e está a 520 metros de altitude. O clima lá é seco e no verão quente. Estive por lá em fevereiro. Regata, shorts, tênis, protetor solar e muita água para andar durante o dia pela cidade. Quando a noite chega é bom ter à mão um casaco leve.
Entre as coisas mais legais para fazer lá está a visita a Plaza das Armas, onde está a Catedral, o prédio do Correio e alguns edifícios bem modernos. Ali tem uma feirinha com artes, artesanato, livros…
O Museu de Belas Artes é organizado e nem todos os dias a entrada é cobrada. Além das exposições permanentes, as temporárias são interessantes. Vimos uma sobre a evolução das tirinhas e dos quadrinhos no Chile.
O Mercado Central é uma atração a parte, comer lá é caro, o local é voltado ao turismo. Mas pode-se comprar muitas coisas à granel e coisas bastante diferentes do que encontramos por aqui. Em algumas bancas com os atendentes de cabelos brancos, fica fácil parar e conversar fazendo mil perguntas sobre as coisas, mas tente fazer isso em uma que você realmente tenha interesse em comprar algo, porque eles não escondem a “chateação” se você sair de mãos abanando. No Mercado também tem os restaurantes que servem os caranguejos gigantes e muitos dos atendentes são, adivinhem só, brasileiros!
Segundo nos contaram, esses animais são encontrados apenas no litoral chileno e no Alaska.
Em Santiago, compramos um passe para os ônibus turísticos de dois andares, já comentei que não sou muito fã, mas acho bastante prático. Optamos pelos vermelhos da Turistik, o passe de 1 dia saiu 18.000 pesos chilenos. A empresa tem 11 paradas na cidade, áudios e vídeos explicativos que rodam o tempo todo, além de bancos confortáveis e ar-condicionado!
O Parque Metropolitano de Santiago é onde fica a famosa estátua da Virgem Maria e as pés da qual são celebradas missas ao ar livre. Lá de cima se pode ter uma ideia de toda a cidade e ver o quanto as Cordilheiras dos Andes estão perto. Para subir a maneira mais divertida é o Funicular, que é um trenzinho que sobre de lado. Tem também um passeio de teleférico, que se torna uma aventura quando os casulos batem em alguns galhos de árvores.
Do Parque Metropolitano até a casa do Pablo Neruda é uma boa distância de caminhada. Mas só andando por ali se descobrem as galerias e as lojinhas que ficam mais longe do alcance dos turistas. A casa está em ótimo estado, fica ao pé de uma ladeira e a placa de indicação não é muito grande. As visitas só podem ser feitas com guias, que oferecem o tour em inglês e espanhol. A entrada é paga, mas cada segundo ali vale.
A casa é conhecida como La Chascona, apelido que o poeta dava a companheira Matilde Urrita, por causa dos cabelos despenteados. É nesta casa que o visitante pode ver o prêmio Nobel vencido por Neruda, que está exatamente no lugar onde ele deixou.
Um lugar bem legal para ver o pôr do sol na cidade é o Cerro Santa Lúcia, mas uma dica: vá com o preparo físico em dia. O Cerro é uma formação rochosa de 70 metros de altura que desponta na cidade e a única maneira de subir é de escada.
Também não dá para perder a troca de guarda no Palácio de la Moneda, que é também a residência oficial do presidente do país. A troca ocorre sempre de manhã e eu juro que vi a primeira dana de pijamas na janela.
Depois não esqueça de marcar seu voo de volta ao amanhecer. A obrigação de acordar ainda de madrugada e o sono, são recompensados com mais de meia hora de voo sobre as Cordilheiras dos Andes com a luz da manhã. Um espetáculo para os turistas já saírem com saudades do país.
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