Petra – Jordânia, “A Cidade Perdida”.
Imagine uma cidade completamente e literalmente encravada nas montanhas que formam um vale no meio do deserto? Não dá para imaginar, mas ela existe! A cidade de Petra fica no Wadi Araba, o vale que vai do Mar Morto ao Golfo de Aqaba na Jordânia.
A cidade foi fundada em torno de 312 A.C. e era a capital do Império Nabateu, que controlou a região de Petra até 106 DC quando então foram conquistados pelo Império Romano. Até hoje arqueólogos só conseguiram escavar 15% da cidade antiga, e os 85% restantes continuam sendo um dos maiores mistérios da História.
Como Cheguei lá?
Existem várias opções para se chegar à Petra. Uma delas pela Jordânia, viajando a Aman e de lá pegar um Tour para Petra. Outra, foi a que eu fiz, cruzando a fronteira entre Israel e a Jordânia pela Cidade de Eilat. Os tours podem ser de até 5 dias e incluem hospedagem, transporte, e alimentação.
Eu e mais duas amigas escolhemos o tour de um dia, que deixou um gosto de quero mais. Acordamos as 5:30h da manhã, uma van veio nos buscar no hotel onde estávamos e nos levaria até a fronteira entre Israel e Jordânia. Dentro da van os guias distribuíram sanduiches, sucos e garrafas de água. Ao chegarmos à fronteira nos passaram instruções e nos contaram um pouco de quem estaria esperando por nós do outro lado, já na Jordânia. Passamos pelo controle de passaporte, como se fosse um aeroporto, e cruzamos a pé.
Um ônibus nos esperava e as 6:10h já estávamos à caminho de Petra, cruzando o deserto Zin. A viagem durou 1:30h, e no caminho o guia nos explicava mais sobre o que víamos ao nosso redor. Ao chegar no parque arqueológico começamos uma caminhada de 40 – 50 minutos, no enclave entres as montanhas. O caminho era, hora estreito, hora um pouco mais amplo. As paredes ao redor, polidas há milhares de anos atrás, ainda preservam as cores branco, vermelho e rosa, tão vivas como se fossem parte de uma pintura. O raios de sol lutavam para passar entre as frestas das montanhas criando a iluminação perfeita. Algo simplesmente maravilhoso.
E depois da longa caminhada, entramos na “Cidade Perdida”. Praticamente escavada nas paredes das montanhas ao nosso redor. Uma obra de arquitetura sem igual que sobreviveu todos esses anos e continua a encantar gerações.
O auge do tour é também sua porta de entrada: Al Khazneh (“O Tesouro”, em árabe). O edifício servia como um mausoléu, e o nome “O Tesouro” vem de uma lenda que conta que piratas esconderam parte de um tesouro roubado dentro de uma das urnas do lugar. Após sair de um caminho tão estreito e se deparar com um monumento desses, não há outra reação a não ser ficar de boca aberta. Não me senti tão mal porque vi que TODOS ao meu redor tinham a mesma expressão embasbacada em suas faces.
A cidade toda é do mesmo estilo. Dentro das paredes das montanhas existem todo tipo de construções: casas, monastério, estruturas de uma verdadeira cidade. Levando em consideração a era em que a cidade existiu, a localização é perfeita. O caminho estreito oferecia a proteção necessária contra invasores já que só existe uma maneira de entrar e sair de Petra.
Dentro do parque arqueológico há pessoas vendendo de tudo, e esta foi a única parte que me incomodou. As tribos beduínas que vivem ao redor do parque usam as crianças para vender coisas ao turistas ganhando sua simpatia, mas de uma forma não muito legal. Mesmo assim, nada conseguiu tirar a beleza do lugar.
À noite, perto da construção Al Khazneh, eles fazem apresentações musicais, contam histórias folclóricas e acendem centenas de velas. Este é o fim ideal de uma visita mágica à uma das novas sete maravilhas do mundo.
Fica a dica para quem não conhece a beleza e majestade do Oriente Médio.
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