Morar na Espanha: Saiba tudo para imigrar para a Espanha
Morar na Espanha! Explicamos tudo o que você precisa saber para viver legalmente na Espanha.
Logo atrás de Portugal, a Espanha é o segundo país europeu que mais atrai brasileiros que querem viver no velho continente. A proximidade do idioma, a cultura e culinária local são grandes atrativos para aqueles que desejam migrar para o país. Mas é preciso ficar atento, pois as regras para conseguir morar na Espanha são bastante rígidas e é preciso conhecer bem as etapas e as maneiras de solicitar o visto de permanência no país.
Como morar legalmente na Espanha
A Espanha é um dos países mais rígidos quando o assunto é moradia e definitivamente não é uma boa ideia migrar para o país sem estar totalmente legalizado. Primeiramente porque vivendo de maneira ilegal é praticamente impossível conseguir um emprego. Além disso, quem é pego nesta situação é expulso do país e terá que cumprir uma punição, que varia de 3 até 10 anos, dependendo do caso, de proibição de entrar em território espanhol.
Aqui nós vamos dar algumas dicas de como conseguir o seu visto de moradia na Espanha:
- Visto de Estudante
Este visto permite que você fique na Espanha por mais de 90 dias, que é o prazo máximo para o turista. O postulante ao visto deverá estudar em um centro de ensino autorizado e terá autorização para trabalhar no país, contanto que comprovadamente a sua carga horária de trabalho não seja conflitante com o horário do curso. Esse visto também permite que os estudantes casados e com filhos menores de 18 anos possam morar com os familiares no país no período do curso, mas eles não terão autorização para trabalhar em território espanhol.
- Visto para Aposentados
Esse tipo de visto é cedido para aqueles que já encerraram sua vida laboral e pretendem morar na Espanha. Apesar do nome, ele não é exclusivo para aposentados, mas o solicitante deverá ter comprovadamente uma renda fixa mensal considerável, cerca de 2 mil euros, para conseguir o visto. Este visto é extensível aos familiares.
- Possuir Cidadania Europeia ou parentesco com cidadãos da União Européia
Esta é a forma menos burocrática para se conseguir autorização para viver e trabalhar na Espanha, pois a União Europeia possui um acordo de livre circulação de pessoas, do qual a Espanha faz parte.
- Trabalhar na Espanha
Você também poderá conseguir o seu visto de permanência em território espanhol caso receba um convite de alguma empresa local para trabalhar no país, estando ainda no Brasil. Ir para a Espanha sem um convite concreto, na esperança de conquistar uma vaga no mercado de trabalho de lá é uma péssima ideia por algumas razões. As empresas locais não irão contratar alguém em situação ilegal, pois teriam que passar por todo um processo altamente burocrático para legalização do trabalhador. Isso só seria viável caso este possua um talento muito específico e que fosse fundamental para a empresa. Caso contrário, a preferência será sempre de alguém legalizado. Além disso, a Espanha se recupera lentamente de uma grave crise econômica e as taxas de desemprego chegam a 21% para os espanhóis e ultrapassam os 30% para estrangeiros.
No entanto, existem algumas áreas em crescimento como a de informática e a de telecomunicações. Caso tenha uma boa formação curricular, ainda é possível encontrar um bom emprego nessas áreas.
Custo de vida na Espanha
O salário mínimo na Espanha é de 707€. Não é considerado um dos mais altos da Europa, mas mesmo assim ainda bate o país vizinho, Portugal. Empregos ligados a áreas mais especificas como tecnologia, telecomunicações e mercado financeiro costumam ter uma média maior, onde é possível ganhar cerca de 1.400€.
Apesar de não possuir um salário considerado alto para os padrões da União Europeia, por ter um custo de vida baixo, é possível afirmar que um casal sem filhos, ganhando um salário mínimo cada, consiga viver confortavelmente em uma região próxima de transportes e serviços, na capital do país, Madrid.
Dentro do custo mensal de quem pretende viver em território espanhol, certamente o fator mais impactante no orçamento será o da moradia. É claro que assim como no Brasil, muitas variáveis podem alterar o preço final do imóvel e é importante que o fator custo benefício seja levado em consideração. Morar distante do local de trabalho ou estudo pode custar alguns euros a mais com transporte e um bom tempo perdido do dia.
Para a nossa avaliação, vamos considerar um casal sem filhos que deseja morar em uma boa localização em Madrid. Apartamentos mobiliados na área central da capital do país saem em média por 600€. É possível encontrar imóveis até na faixa dos 400€, mas não tão próximos ao centro e com uma oferta menor de comércio e serviços.
Já no que diz respeito a alimentação, o mesmo casal do nosso exemplo, deverá gastar em média 200€ em compras mensais no supermercado. Nesta lista estão inclusos todos os suprimentos básicos com alimentação e higiene pessoal e ainda há algum espaço no orçamento para algumas guloseimas supérfluas.
Quando o assunto é comer fora, para que possamos fazer uma comparação direta, uma promoção completa no McDonald´s custa cerca de 7€. Já nos restaurantes da região, o cardápio completo, incluindo entrada e sobremesa, sai por cerca de 12€.
As contas de consumo lá são basicamente as mesmas que encontramos aqui. Contas de luz, gás, água e Tv a cabo/internet fazem o pacote básico de sobrevivência. Como o inverno europeu é bastante rigoroso, é preciso somar a este pacote o gasto com aquecimento do seu imóvel, pois pra quem está acostumado ao clima brasileiro, este é certamente um item que fará falta. Todas essas contas juntas geram uma média de gasto mensal em torno de 160€.
Morar na Espanha – O Sistema de ensino
Para quem tem filhos em idade escolar essa é uma questão que gera bastante dúvida. A maioria das escolas do país é pública e oferecem um ensino de qualidade. Mas existem ainda escolas da rede privada e as ‘concertadas’, que são financiadas meio a meio entre governo e pais de alunos.
O horário é diferente do que estamos acostumados no Brasil, sendo de 9h as 16h45, mas nos meses de primavera e verão a jornada é reduzida, sendo o horário alterado. Existe um programa conhecido como “madrugadores” que oferece o serviço de estender o horário da escola para aqueles pais que necessitam deixar a criança por mais tempo. Os horários do programa variam de uma escola para a outra.
Na Espanha é obrigatório matricular a criança a partir dos 6 anos de idade, e permanecer até 16 anos e a educação é gratuita. Também existem creches particulares que recebem crianças de 0 a 3 anos, e algumas escolas públicas que recebem crianças de 3 a 6 anos. A educação obrigatória primária é dividida em três ciclos e termina quando a criança completa 12 anos. Após essa idade, e até os 16 anos, existe a educação secundária. Após os 16 anos e ter completado a educação obrigatória o adolescente pode escolher entre seguir para o Bachillerato, entrar no mercado de trabalho ou fazer um curso profissionalizante. O Bachillerato não é obrigatório, porém é necessário para ingressar em uma formação profissional de nível superior ou na Universidade.
Agora você já conhece as principais informações necessárias para imigrar para a Espanha. Se ainda tiver ficado com alguma dúvida entre em contato com a gente.
Publicar comentário