Budapeste e Bratislava – um passeio na Europa central
BUDAPESTE
Budapeste foi fundada em 17 de novembro de 1873 com a fusão das cidades de Buda e Ôbuda, na margem direita do Danúbio, com Peste, na margem esquerda. Segundo o Censo 2012, possuía 1 740 041 habitantes, espalhados em uma área de 535 Km2, cuja cidade é considerada uma das que possui a melhor qualidade de vida da Europa e o 6º destino turístico.
Esta intensa procura se justifica por um patrimônio histórico que remonta do século XIII. Este trecho do Danúbio tem sido o local de assentamento humano desde o Paleolítico. Era o local da cidade romana de Aquincum, situado ao norte da propriedade inscrita que compreende partes de duas cidades originalmente bastante distintas: Buda, no planalto (esporão), na margem direita e Peste, na planície, na margem esquerda. Pest foi o primeiro centro urbano medieval, devastada em 1241-2. Poucos anos depois, o castelo de Buda foi construído sobre um esporão rochoso na margem direita pelo rei Bela IV. Depois disso, a cidade se refletirá na história da monarquia húngara. Após o fim da ocupação turca, a recuperação realmente começará apenas após o século 18. No século 19, o papel da cidade como uma capital foi reforçada pela fundação da Academia Húngara, alojados de 1862 em um palácio neo-renascentista, e pela construção do edifício do Parlamento neo-gótico imponente (1884-1904). Ponte de suspensão do WT Clark, finalizado em 1849, simbolizou a reunificação de Buda e Peste, que não chegou a acontecer até 1873. O símbolo do desenvolvimento da cidade como uma metrópole moderna foi a radial Avenida Andrássy, que foi incluído na propriedade em 2002. A partir de 1872, a Avenida transformou radicalmente a estrutura urbana de Pest, em conjunto com a construção da primeira estrada de ferro subterrânea do continente europeu abaixo dela em 1893-6.
Como um centro de recepção e divulgação de influências culturais, Budapeste é um excelente exemplo de desenvolvimento urbano na Europa Central, caracterizada por períodos de devastação e revitalização. Budapeste manteve as características estruturais distintas das antigas cidades de Pest, Buda e Óbuda (foto abaixo).
Um exemplo disso é o Bairro do Castelo de Buda com o seu estilo caracteristicamente medieval e barroco, que são distintas da arquitetura estendida e exclusivamente homogênea de Pest (com seus estilos historicista e art nouveau), que é caracterizado por notáveis edifícios públicos e montado na estrutura anelar da cidade. Tudo isso é organizado em uma unidade decorrente das características variadas morfológicas da paisagem e do Danúbio, os dois bancos de que estão ligados por uma série de pontes. O conjunto arquitetônico urbano da Avenida Andrássy (‘The Avenue’) e seus arredores (Praça dos Heróis, o parque da cidade, bairros históricos das cidades interiores e edifícios públicos) são realizações arquitetônicas e artísticas de alta qualidade de princípios do urbanismo que refletem tendências, e que generalizou-se na segunda parte do século 19. A vista panorâmica das margens do Danúbio, como parte da paisagem urbana histórica é um exemplo único da interação harmoniosa entre a sociedade humana e o ambiente natural caracterizado por condições morfológicas variados (Gellért Hill, com a Cidadela e as colinas de Buda parcialmente coberto com florestas, o rio Danúbio ampla com suas ilhas e terrenos planos de Pest subindo com uma ligeira inclinação). Fonte: Unesco.
Desde 2002, a cidade é considerada Patrimônio Cultural da Humanidade, e inúmeros são seus atrativos turísticos. É uma cidade extremamente barata, com algumas possibilidades de hospedagem discriminadas abaixo, retiradas do site #hostelworld para o mês de novembro de 2015.
Albergues baratos:
– Treestyle Hostel e Oleander Hostel: quarto duplo a 15 euros, sem café da manhã e excelente localização;
Albergues bem cotados:
– Azurro Hostel: quarto duplo a 40 euros, sem café da manhã e excelente localização;
– Budavar Hostel and Apartments: suíte com duas camas a 18 euros, sem café da manhã e excelente localização.
O que visitar: Budapeste é uma cidade pequenas, onde em 3 dias se conhece seus inúmeros e belos atrativos. São eles:
• Palácio Real de Buda, na Colina do Castelo: pode ser atingido a pé ou de funicular. A vista do Rio Danubio, da Széchenyi Lánchíd (Ponte das Correntes, uma das mais belas do mundo) e do Parlamento Húngaro é de tirar o fôlego (fotos abaixo);
- Cruzeiro pelo Danúbio: existem muitas opções de cruzeiro, com direito a danças típicas e conhecer a cidade por outro ângulo (Como o Palácio Real- foto abaixo). Os preços variam entre 15 (diurno) a 20 euros (noturno), durando entre 1h a 2h. Os barcos possuem um restaurante em que se pode provar comidas típicas, a exemplo da ‘Galuska’ (massa feita de farinha ovo e sal) e ‘páprikas csirke’ (Galina com molho cremoso de páprica) O passeio culmina com a valsa ‘Danúbio azul’.
- Andrassy Ud: avenida mais famosa da cidade, com inúmeros atrativos, a começar pela Basílica de St Istvan (foto abaixo). Depois a Ópera, Oktogon, Kodály Korund e ponto final, Városliget (ou Central Park). O Heroes Square (foto mais baixo), Museu de Belas-Artes, o Castelo de Vajdahunyad, Termas de Széchenzyi foram apreciados e são belíssimos. Ao final do percurso, você entenderá porque Budapeste é conhecida como a ‘Paris do leste’.
- Bastião dos Pescadores: se localiza na Colina do Castelo, construído em estilo neogótico no final do século XIX, consiste em uma homenagem às sete tribos magyares que fundaram a Hungria no ano de 896. As tribos são representadas pelas sete torres que formam o monumento, situado no alto da colina do Castelo de Buda, junto à Igreja de Mathias. Esta igreja, datada do século XI, foi construída, inicialmente, em estilo romanesco.
- Parlamento Húngaro: um dos prédios mais imponentes, atraentes e fotogênicos da capital, é o terceiro maior parlamento do planeta (foto abaixo). Localizado às margens do Danúbio, entre a Ponte das Correntes e a Margarida, foi construído em estilo gótico, inspirado pelo Palácio inglês de Westmisnter. Sua construção data do final do século XIX, e seu interior é de uma fineza e rebuscamento ímpar. Para visita-lo, cidadãos que não são da UE devem desembolsar UHF 5200 (cerca de 17 euros).
Tendo tempo livre, uma sugestão de visita é Bratislava, capital da Eslováquia, distante cerca de 200 Km, percorrido em uma viagem de trem que dura 2h40min e custa, numa tarifa não reduzida (ida e volta) cerca de 17 euros.
A simpática capital eslovaca, se não tão grandiosa quanto a vizinha Budapeste, em o seu charme. Situada no sudoeste do país, junto da fronteira com a Áustria e da fronteira com a Hungria, tornando-se assim, na única capital europeia situada na fronteira do seu país com outros dois. A cidade é também cortada pelo rio Danúbio em seu curso. Com 427 mil habitantes, é a maior cidade do país. Os Cárpatos, uma das notórias cordilheiras europeias, começam no território da cidade. Sede da presidência (Grassalkovich Palace- foto abaixo), do parlamento e do governo eslovacos, Bratislava conta ainda com universidades, museus, teatros e toda infraestrutura comum às grandes cidades no que tange a vida política, cultural e social do ocidente.
Seus principais atrativos são:
- Old Town: singelo e charmoso centro histórico da cidade, com seus prédios antigos e ar de aldeia, é atingido por quatro portões, entre eles o Portão de Michael (foto abaixo). As ruas estreitas de paralelepípedo, com seus prédios baixos (não mais do que 4 andares) lembram outras capitais da Europa Central e Oriental, a exemplo de Praga.
- Kostol Trinitárov: corresponde à Igreja Trinitariana de Bratislava, construída em estilo barroco em meados do século XVIII.
- Castelo de Bratislava (foto abaixo): por onde quer que ande por Bratislava, sempre será acompanhado à distância pelos castelo, no alto da colina, com suas quatro torres nos vértices, data do século XI, em frente ao Danúbio.
Considerando que Bratislava se localiza a apenas 65 Km de Viena, capital austríaca, nosso passeio continua por lá, mas fica para o próximo artigo.
Boa viagem!!!
Publicar comentário