Ilegalidade

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Seis anos e meio depois de ter deixado a pequena cidade de Sarapuí, no interior de São Paulo, ele faz o balanço: conseguiu comprar uma casa e um carro para os pais e duas casas na Sardenha, na Itália.

“Aqui a vida é mais fácil, esse tipo de trabalho aqui é muito mais valorizado que no Brasil. Eu só voltaria agora se fosse para abrir o meu negócio, mas acho que não vale a pena arriscar”.
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Já a brasileira Aline Cabianca, de 26 anos, diz que pretende voltar para o Brasil em março do ano que vem. Ela conta que chegou a Londres em 2002 como turista e nunca se legalizou no país.
“Ficar legal só compensa porque você pode entrar e sair do país. Mas para o resto nunca tive problema. Sempre consegui alugar apartamento e arrumar emprego”, diz a brasileira, que conta já ter morado com outros 23 brasileiros numa casa de seis quartos.

Aline conta que nos últimos cinco anos chegou a trabalhar como chef de um restaurante e diarista, mas atualmente só está fazendo faxinas em escritórios.
Com a agenda lotada de segunda a sexta-feira, ela diz que trabalha até 72 horas por semana. Aline acredita que o esforço compensa: já comprou uma casa para a mãe e uma loja que está alugada.

Quando voltar ao Brasil, pretende conseguir um emprego e completar a renda com aluguel da loja e de outras duas casas que deseja adquirir. “A minha passagem por Londres está perto do fim. No início fiquei deslumbrada com o poder do dinheiro, mas agora estou desiludida. Quero voltar para perto da família, ter uma vida mais calma e não me matar de trabalhar.”

A pesquisa Brazilians in London (Brasileiros em Londres) investigou informações sobre a comunidade brasileira residente na capital britânica a pedido da campanha “Strangers into Citizens” (“Transformando estranhos em cidadãos”, em tradução livre), uma iniciativa que prega a anistia para imigrantes ilegais na Grã-Bretanha.

Por: Eduardo

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