Por que, como e quanto é necessário para pular do maior Banguee Jamp do mundo?

Por que, como e quanto é necessário para pular do maior Banguee Jamp do mundo?

Em seu intercâmbio para a África do sul, o Anderson Barbosa, nos relata sua experiência, nos informando, o porquê conhecer, como chegar e quanto foi necessário para encarar o maior Banguee Jamp do mundo. Assim registrado pelo livro dos recordes mundiais, o Guiness Book. Além de nos passa suas impressões sobre a aventura. O local do Bungee Jump não era na cidade que estava, mas sim, uma cidade próxima chamada Plettenberg Bay.

Anderson Barbosa

Fomos eu e mais duas amigas que nos conhecemos no intercâmbio e até por que estudávamos na mesma escola de inglês, uma delas, estava em sua última semana na África do sul, e o pulo era um dos seus objetivos; como pular também era um dos meus objetivos e da minha outra amiga, decidimos também embarcar juntos nesta aventura.

Procurando informações nas agências da cidade, encontramos tarifas muito altas que não cobriam todos os gastos do pulo, que apenas a viagem por si só, sairia em torno de R 1.200,00, não contando o valor do pulo de banguee Jump, DVD e CD com as fotos, fatores estes que nos motivaram a pesquisarmos e irmos por conta própria. Decidimos que iríamos de ônibus de viagem, fomos para a rodoviária e conseguimos as passagens a um preço de R 240,00 que tinha destino a cidade de Plettenberg Bay, com horário de saída de Cape Town ao sábado às 06:00 PM com previsão de chegada na cidade de destino às 01:00 AM, e nossa volta estava marcada para às 11:50 PM e chegada em Cape Town às 7:00 AM da segunda-feira.

No Sábado, nos reunimos em frente à nossa escola, e partimos para a rodoviária para não perdermos o ônibus.  O terminal rodoviário não era organizado com plataformas, então, tínhamos que pegá-lo nas ruas, e graças a Deus, demos a sorte dele parar na nossa frente e abrir as portas, eram aqueles ônibus com ar condicionado e de dois andares. Viajarmos no andar superior e nas poltronas da frente, dentro dele o povão sul-africano, pessoas bem humildes, outros mal encarados, contudo, não desanimamos! As estradas da África são muito boas, e as paisagens no meio do caminho, deslumbrante, o céu à noite como um quadro, algo incrível. Eu admirava tudo aquilo e um pouco reflexivo, pensava na loucura que estava fazendo… eu estava em um outro continente, estava num país sozinho, e não dominava o idioma, saindo de uma cidade que mal conhecia, partindo numa viagem de 7 horas para uma cidade que nunca tinha ouvido falar, para pular do maior Bungee Jamp do mundo.

Durante a viagem, o ônibus foi fazendo algumas paradas em postos de gasolina, descobrimos então, que não haviam terminais para ele fazer as paradas, como aqui no Brasil, e que a nossa parada, seria em algum posto de gasolina, nos apoiávamos muito na sensação de que tudo iria dar certo.

Por volta de 1:00 AM chegamos num posto de gasolina na cidade de destino, Plettenberg Bay, para a nossa sorte, tinha um restaurante fast food chamado Steers, lá fizemos amizade com a garçonete que deixou a gente dormir nas mesas (risos). Após descansarmos fomos buscar informações sobre onde pegar o “coletivo” para irmos até a Ponte do Bungee Jump. Obtivemos as informações, e que estaríamos cerca de 15 km da ponte, e logo descobrimos que não há coletivos que fossem para lá. Foi numa destas tentativas de pedir informações no posto de gasolina, que conhecemos um alemão que morava na cidade, tinha um carro bem simples, e no dialogo que tivemos com ele, soubemos que já tinha pulado também, ele afirmava que gostaríamos, dissemos a ele que não sabíamos como ir, e como forma de nos ajudar, foi em busca de um taxista para agente, retornou com seu filho pequeno de aproximadamente 5 anos, e um taxista, que nos cobrou R 400,00 para levar agente, como achamos este valor um absurdo, dispensamos o taxista e agradecemos a ajuda do nosso amigo alemão, e eu muito cara de pau, pedi para ele nos levar até a ponte, ele sorriu e saiu com o carro.

Ficamos nós três lá no posto, até que decidimos ir andando pela estrada, ideia maluca, eu admito, mas parados não podíamos ficar, e logo começamos a andar, foi quando um carro buzinou para agente, grande foi nossa surpresa, era nosso amigo alemão, sem o filho nos oferecendo a carona. Entramos no carro, dentro algumas garrafas de cervejas vazias, batendo umas nas outras no chão (risos), e o carro em alta velocidade! Ele disse que desviaria do caminho para nos mostrar umas praias, e nós dizíamos que não precisava, mas mesmo assim ele foi; antes disso, ele passou num posto de gasolina para agente abastecer, deu R 100,00 dividimos os três o valor da gasolina. Voltando para a estrada, ele nos levou para um lugar alto, onde podíamos ver as praias e tirar fotos, não ficamos muito tempo, pois já tínhamos feito coisas arriscadas demais para um final de semana. Entramos no carro e ele nos levou até a ponte do Bungee Jump! Chegando lá, ele conversou com os organizadores e se despediu da gente. Ficamos aliviados de termos chegado inteiros. O Salto nos custou R 600,00.

Anderson Barbosa em frente ao World’s Highest Bungy

Se formou um grupo de 7 pessoas, colocamos os equipamentos e recebemos as instruções da equipe e tudo mais para chegarmos até o meio da ponte; fomos por uma estrutura de ferro que eles planejaram, uma espécie de gaiola, digamos assim. Cada salto era uma emoção! Cada um que pulava na minha frente, era menos uma pessoa para chegar a minha vez. Eu era o terceiro… a sensação de estar prestes a dar um salto de 216 metros de altura é muito estranha, confesso. Não senti medo, mas sentir aquele frio na barriga (risos); Chegou a minha vez! Fui posicionado bem na ponta da ponte, olhei pra baixo e vi que tudo estava bem mais longe do que eu pensava, e a cada um segundo mais, “batia” aquela adrenalina. Momento este que o instrutor disse: “Five, four, Three, Two, one”, tomei impulso e saltei. São menos de 7 segundos! Mas é o bastante para curtir demais a queda! Eu não sentia que tinha uma corda me segurando. Me preparei para gritar, mas no momento eu não consegui, foi uma sensação muito louca. Sensação esta que fez valer tudo que eu passei pra ter chegado até o local.

Após o salto, nos deparamos com a seguinte questão “E agora? Como voltaremos para o posto para pegar o nosso ônibus?” Neste instante, uma pessoa da equipe da organização me chamou pelo nome e perguntou como iríamos embora. Respondi que não sabíamos então eles arrumaram carona para agente até o posto, a pedido do nosso amigo alemão que tinha nos dado a carona (risos).

Por volta de 1:00 PM, chegamos ao posto, comemos só retornaríamos em viagem às 11:40, fomos visitar as praias que ficam naquela região, nos deparamos com mais lugares lindo e com restaurantes muito bons.  Antes de “cair” o dia, voltamos ao posto e ficamos dentro Steers até dá o nosso horário, foi quando nossa amiga garçonete chegou para trabalhar, contamos todas as novidades para ela. Nos chamou de loucos e ficou rindo com agente (risos). O ônibus chegou no horário previsto, mas diferente da ida, onde fomos os primeiros a entrar no ônibus, dessa vez, fomos os últimos. Cheio de sul-africanos, como o veículo era todo fechado, por causa do ar condicionado, ele cheirava muito mau. Meu assento era no meio, e fedia demais! Vi baratas andando no corredor, mas estava apoiado em tudo de bom que me aconteceu, e graças a Deus, eu estava voltando para Cape town, cidade adotada como lar. Chegando ao terminal por volta de 07:30 AM, já na segunda-feira, fomos direto para aula, pois tínhamos ciência de que nada podia atrapalhar o meu objetivo principal que era estudar inglês.

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